segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Luto

O luto é aquela sensação de aperto no peito, dor no estomago, cansaço extremo que sentimos após a perda (seja morte ou afastamento) de alguém ou alguma coisa muito importante para nós. Todo luto é necessário e, acredito eu, que a fase primordial é o reconhecimento da dor.

Muitas vezes quando temos que enfrentar alguma situação de perda, lutamos contra a dor que isso causou, por exemplo, desde que perdemos a Anna vivemos em um estado de puro torpor, oscilando entre fugas, momentos depressivos e outros momentos de descontração. Mas sem admitir que essa dor existe e que é tratável de alguma forma ou de outra, continuaremos no mesmo quadro.

Esses assuntos sempre me interessaram muito, a perda e o luto, muito antes de eu entrar na faculdade de psicologia. Todos os seres da Terra passam por momentos de separação e perda, esse estado (a perda) é o que une todos os seres viventes. Mas já reparou que por motivos sociais ou filosóficos de cada pessoa esse luto é tratado de forma diferente?

Marianne

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Exames

Hoje eu passei aqui para postar o exame que fizemos em outubro da Anna. Ai mostra a alteração genética dela no cromossomo 15.
Eu que nunca entendi nada de genética, continuei sem entender bulhufas. Mas achei os cariótipos da minha irmã muito fofinhos! risos

Marianne

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Três meses depois

Eu achei por bem escrever aqui. Mesmo que não tenha nenhum leitor, isso não importa tanto. Vim escrever que estamos bem. Três meses se passaram desde o pior dia da minha vida, ainda não conseguimos doar as roupinhas e muita coisa ainda precisa ser conversada. Mas em geral estamos bem.

Pode até parecer bobagem, mas às vezes não me sinto no direito de sofrer por isso. E o pior é que eu já sofri bastante me sentindo culpada por sofrer bastante. risos. Faz sentido a gente sentir tanta falta de quem nunca conheceu? Pra mim faz um pouco agora.

Acho que é normal ''curtir'' o luto de uma forma ou de outra, é só não se trancar nisso e não querer sair nunca mais. Me falar da Anna ainda me faz bem, mesmo que eu não tenha muito com quem falar. Não quero magoar ninguém. Mas dá uma sensação boa de que eu não perdi ela. Ou de que ela sempre existiu de alguma maneira, como se ela estivesse aqui pertinho. Minha borboletinha. E ela está. Sempre vai estar. Só não quero esquecer disso. rs

Ah... Também preciso falar que eu não consigo mais ficar muito tempo em lojas infantis sem me dar vontade de chorar.. hauhauhaha É até engraçado falar isso agora. Por que eu sempre adorei ver roupinha de bebe (só por que é mini roupa e eu amo miniaturas) e agora é só ir na parte de mamadeiras das Lojas Americanas e eu já fico com o olho lacrimejando.. Não... É isso.. Mamadeiras rs Longa história que eu não vou contar agora por que me falta estrutura psicológica agora.

Fiquem bem.
Marianne